Em mais uma reviravolta digna de novela, o vice-prefeito de Lençóis Paulista, Manoel dos Santos Silva, popularmente conhecido como "Manezinho do jornal O Eco", se vê no olho do furacão. Dessa vez, o enredo não envolve debates acalorados ou políticas públicas, mas sim algo bem mais acadêmico: sua formação educacional.
O jornal Atitude descobriu que o PDT de Lençóis Paulista resolveu não ficar calado ante a comentários que rolaram na internet em relação ao vice prefeito e entrou com uma representação criminal contra o querido Manezinho. O partido quer saber se o vice-prefeito, que está tentando a reeleição na chapa que tem o apoio do atual prefeito Anderson Prado de Lima, realmente tem o diploma de ensino superior que afirmou ter em 2020. Ou será que tudo não passa de uma farsa digna de roteiro hollywoodiano?
Vamos aos fatos: em 2020, na corrida pelo cargo de vice-prefeito, Manezinho declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que possuía ensino superior completo. O problema? Neste ano de 2024, como candidato à reeleição, ele “resolveu” dizer que tem apenas o ensino médio. Será que ele perdeu o diploma em algum canto da prefeitura ou na mesa de algum bar, quem sabe, foi vítima de uma crise de esquecimento?
A representação do PDT não perdoa e quer que a Justiça Eleitoral investigue o caso. Se Manezinho, lá em 2020, realmente preencheu o formulário dizendo que tinha ensino superior e isso não for verdade, ele pode estar encrencado. A lei é clara: mentir em documentos oficiais para fins eleitorais, como prevê o Art. 350 do Código Eleitoral, pode render uma bela temporada na cadeia – até cinco anos, para ser mais exato.
Além disso, a representação lembra que esse mesmo juízo eleitoral já lidou com uma situação parecida nas eleições passadas, quando uma candidata a vereadora foi investigada por uma questão semelhante. A ideia agora é a mesma: abrir um inquérito policial e ver até onde vai essa história. Caso se confirme que Manezinho cometeu falsidade ideológica, o estrago pode ser grande, tanto para ele quanto para a chapa apoiada pelo prefeito Prado.
A Resposta de Manezinho
Em resposta à reportagem do Jornal Atitude, o vice-prefeito, por meio de sua assessoria jurídica, esclareceu que a representação não tem fundamento. Segundo ele, "o fato em questão não configura o crime de falsidade ideológica eleitoral, uma vez que o candidato é alfabetizado e não tinha qualquer intenção de fraudar o requisito de alfabetização para o registro de sua candidatura."
Manezinho informou ainda que, em 2020, no processo de registro de candidatura, foi anexado o histórico escolar do ensino médio, comprovando sua alfabetização e condição em termos de nível de escolaridade. De acordo com a nota, a divergência se deu por um "mero erro de preenchimento" durante o registro realizado pela assessoria contábil do candidato em 2020, ou até mesmo por um equívoco da própria Justiça Eleitoral.
Para ele, essa representação é mais uma tentativa de manchar sua reputação, motivada por "perseguição política e preconceito", mas ele acredita que, por estar desvinculada da realidade, a ação não terá êxito.
Em tom sarcástico, Manezinho conclui: "Como diz o ditado ...só leva martelada o prego que se destaca” .
Agora, resta esperar para ver qual novos desdobramentos sobre a " nova versão educacional" do vice-prefeito. Enquanto isso, os fuxiqueiros da cidade se perguntam: Por que Manezinho teria que ter ensino superior?
Fiquem de olho nos próximos episódios!
Marcos Xavier
Jornalista do Povo
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