A cidade de São Paulo se tornou referência na execução de reparos em asfalto com a Operação Tapa-Buraco. A prefeitura paulistana desenvolveu um manual inédito no país para a operação, que inclui metodologia, equipamentos, treinamento técnico dos operadores, material e relatórios de qualidade. O resultado foi uma maior eficiência no processo, o que reduziu o tempo médio de atendimento (TMA) de 121 dias em 2017 para apenas 7 dias atualmente.
Mauro Beligni, mestre em Engenharia de Transportes pela Escola Politécnica da USP e um dos consultores responsáveis pelo desenvolvimento do manual, afirma que a cidade de São Paulo é uma referência nacional para a operação Tapa-Buraco. Ele destaca que o manual definiu regras para o asfaltamento e que a definição dos equipamentos foi primordial para a qualidade do serviço. Um dos equipamentos que mais se destacam é o caminhão TBR, que armazena a massa asfáltica e mantém a temperatura ideal para a aplicação.
A cidade de São Paulo tem o desafio de ter a maior frota do país, com mais de 32 milhões de veículos, e grande parte da produção nacional atravessa suas vias. Para cuidar da malha viária da capital paulista, que possui 17 mil quilômetros, a Secretaria Municipal das Subprefeituras (SMSUB) contratou, em 2019, a Escola Politécnica da USP para elaborar o manual inédito.
A SMSUB também conta com o Sistema Geoinfra-Gestão de Infraestrutura Urbana para fiscalizar as 136 concessionárias ou permissionárias autorizadas a realizar intervenções no pavimento público da cidade. Quando em desconformidade com a lei, essas empresas podem sofrer sanções legais. Em 2023, foram aplicadas 207 multas por intervenções em não-conformidade ou pela demora para realizar a readequação do asfalto, sendo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) a empresa mais multada, com 98,55% das penalidades.
Marcos Xavier
Jornalista do Povo
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