Uma séria denúncia paira sobre a cidade de Lençóis Paulista, envolvendo um suposto líder do 'acampamento família'. Há mais de um ano, esse indivíduo vem supostamente extorquindo pessoas que ocupam terras da União, prometendo pedaços de terra com documentos falsos e adulterados. O caso levanta preocupações sobre a exploração de pessoas humildes que acreditam estar lutando pelo sonho da moradia própria e um pedaço de terra para plantar.
Tudo começou em 2017, quando o suposto líder, aproveitando sua relação com o prefeito municipal e vereadores em prol de moradias populares, começou a cobrar mensalidades das pessoas que sonhavam em ter suas próprias casas. Alegando que o dinheiro arrecadado seria utilizado para adquirir documentos que possibilitariam a construção de habitações pelo CDHU, ele enganou centenas de famílias, fazendo-as acreditar que tinha poderes ou autoridade para realizar tal façanha.
Muitas dessas famílias continuam se sentindo enganadas e usadas pelo suposto líder, que, nas eleições de 2020, se candidatou a vereador em apoio ao atual prefeito, mas foi derrotado nas urnas.
Após a derrota eleitoral, o suposto líder voltou seus olhos para terras da União, onde começou a atrair vítimas para seu esquema de documentos falsos e adulterados. Dezenas de pessoas o denunciaram em diversas instituições, incluindo a Delegacia de Polícia Civil, o Ministério Público Estadual, o Ministério Público Federal e a Polícia Federal, uma vez que se tratava de terras federais. As denúncias alegam que ele ameaça aqueles que o denunciam, prometendo expulsá-los do ‘acampamento família’.
Pessoas honestas e humildes que permanecem no 'acampamento família', uma área invadida de terras da União em Lençóis Paulista, continuam denunciando as ameaças do grupo do suposto líder. Ele as ameaça de expulsão caso continuem a denunciá-lo ou tentem convencer outras famílias a parar de contribuir financeiramente com ele.
Recentemente, o suposto líder enviou áudios às famílias do acampamento, ameaçando e informando que o delegado de Lençóis Paulista prenderia quem o denunciasse na delegacia. Essas ameaças levaram as pessoas a temerem pela própria segurança, fazendo com que deixassem de apresentar provas de extorsão, como comprovantes de transferências bancárias (pix), áudios, vídeos e documentos supostamente vendidos no acampamento.
Há mais de 500 provas documentadas contra o suposto líder, incluindo comprovantes de pagamento, áudios, vídeos e cópias de documentos falsos supostamente vendidos por ele. Muitas dessas provas já estão em posse das autoridades locais, mas, até o momento, a ação parece ter sido lenta e ineficaz.
As vítimas continuam esperando por justiça, enquanto a comunidade de Lençóis Paulista se mobiliza para conscientizar a população sobre os perigos desse esquema de extorsão e falsificação de documentos. É essencial que as autoridades tomem medidas rápidas e eficazes para proteger os vulneráveis e responsabilizar os envolvidos nesse esquema prejudicial à comunidade. A cidade de Lençóis Paulista clama por justiça e proteção para suas famílias honestas e humildes.
Marcos Xavier
Jornalista do Povo
Comentários: