Se você achava que as eleições em Lençóis Paulista seriam o ponto final de uma trama política intensa, prepare-se: o enredo está só começando, e as cenas dos próximos capítulos prometem ser ainda mais emocionantes. A chapa situacionista, liderada pelo recém-eleito prefeito Cagarete e seu vice Manezinho, saiu vitoriosa, levando a maioria esmagadora na Câmara Municipal (nove dos 12 vereadores eleitos), mas não sem deixar um rastro de promessas e alianças que agora se transformaram em uma panela de pressão pronta para explodir.
Promessas gravadas: tecnologia a favor da discórdia
Com a vitória no bolso, dizem que muitos candidatos eleitos já começaram a esquivar-se de suas próprias palavras proferidas durante a campanha. Afinal, prometer é fácil, cumprir é outra história. O problema é que, na era dos celulares e gravações à distância de um clique, algumas dessas "garantias" podem voltar para assombrar os envolvidos. A boataria nos bastidores é de que empresários, líderes comunitários e até membros do alto escalão de segmentos religiosos já estão afiando os dentes para cobrar o que lhes foi prometido.
E tem mais: há quem diga que alguns contratos envolvendo o terceiro setor podem trazer à tona uma chuva de revelações comprometedoras. Um empresário, que preferiu o anonimato (como todo bom personagem misterioso), declarou que "a gestão pode implodir ainda no primeiro semestre" caso certos acordos venham à tona. Segura essa, Cagarete!
A vingança dos derrotados
Enquanto isso, os candidatos que não conseguiram convencer o eleitorado a lhes conceder mais um mandato também não estão prontos para dizer adeus ao dinheiro público. Na categoria "não aceito perder", temos uma ex-vereadora, que agora atua como suplente, tentando derrubar judicialmente um colega eleito do mesmo partido. A alegação? Supostas omissões de documentos e um histórico de agressão doméstica que, segundo ela, deveria desqualificá-lo de concorrer a qualquer cargo público. Ela já protocolou uma representação no Ministério Público. E nós? Pega a pipoca, porque essa novela promete.
Outra suplente da base situacionista apostou suas fichas em voltar a vereança na próxima gestão. Porém, seus sonhos foram jogados num balde de água fria quando o vereador eleito — e assediado por um empresário para que assuma uma secretaria e se licencie do cargo de vereador na próxima gestão — afirmou categoricamente que não abandonará sua cadeira na Câmara. A justificativa? Ele quer construir uma carreira política sólida e não virar "traidor do eleitorado".
Cargos para amigos e apadrinhados
Ah, mas não pense que as portas estão completamente fechadas para os derrotados. O falatório nas rodas de conversa já dá como certo que alguns candidatos não eleitos da situação acabarão em cargos comissionados ou funções gratificadas na gestão Cagarete. Afinal, como dizem por aí, a política é como a dança das cadeiras: sempre cabe mais um — desde que esteja bem posicionado na música.
E assim segue Lençóis Paulista…
Com promessas gravadas, alianças estremecidas e egos feridos, o cenário político de Lençóis Paulista já está pegando fogo antes mesmo de 2025 começar. A vitória, ao que parece, não trouxe tranquilidade para o grupo situacionista. Pelo contrário, o preço do triunfo nas urnas está cobrando sua fatura com juros.
Nós, do Jornal Atitude, seguiremos de perto todos os desdobramentos dessa novela. Porque, convenhamos, entre um escândalo e outro, sobra pouca coisa para não virar manchete. Até breve, e não esqueça: na política, o próximo capítulo sempre pode ser ainda mais surpreendente!
Marcos Xavier
Jornalista do Povo
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