Por Redação Jornal Atitude
O Censo 2022 trouxe à tona dados que mostram uma mudança importante no cenário religioso do Brasil — e a redação do Jornal Atitude mergulhou nesses números para entender o que está acontecendo por aqui também. A grande revelação? O número de evangélicos está em alta, enquanto os católicos, que por séculos dominaram o país, vêm perdendo espaço de forma significativa.
De acordo com o IBGE, 56,7% dos brasileiros se declararam católicos em 2022 — o menor índice desde que o país começou a medir a religião da população, há 153 anos. Para ter ideia, lá em 1872, os católicos representavam impressionantes 99,7% da população. Muita coisa mudou desde então!
E essa mudança não é só nacional. Aqui na nossa microrregião — que inclui Lençóis Paulista, Macatuba, Areiópolis e Borebi — os dados seguem a mesma tendência. O número de evangélicos cresce com força, enquanto os católicos perdem cada vez mais espaço. Dá uma olhada nos dados:
📊 Religião nas cidades da região:
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Lençóis Paulista
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Católicos: 54,06%
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Evangélicos: 35,51%
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Sem religião: 5,24%
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Macatuba
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Católicos: 58,31%
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Evangélicos: 31,77%
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Sem religião: 6,66%
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Areiópolis
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Católicos: 50,31%
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Evangélicos: 38,97%
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Sem religião: 8,3%
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Borebi
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Católicos: 38,04%
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Evangélicos: 48,29%
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Sem religião: 4,54%
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Um dos destaques fica para Borebi, onde os evangélicos já são maioria, ultrapassando os católicos com 48,29% contra 38,04%. Já Areiópolis tem o maior índice de moradores sem religião da nossa região, somando 8,3%.
Essas mudanças não são apenas números frios — elas impactam diretamente o dia a dia da sociedade, inclusive nas decisões políticas. Com o crescimento da influência evangélica, políticos e candidatos têm se aproximado cada vez mais dessas comunidades. Em Lençóis Paulista, por exemplo, nos últimos anos é possível notar que prefeitos e vereadores, mesmo se declarando católicos, têm marcado presença com mais frequência em eventos e reuniões com líderes evangélicos do que com padres católicos.
🤔 Por que isso importa?
O perfil religioso da população influencia desde políticas públicas até campanhas eleitorais. A aproximação dos políticos com o segmento evangélico é estratégica, e isso vem se intensificando à medida que essa parcela da população cresce. Seja na hora de montar uma base de apoio, ou ao discutir temas sociais e morais, a religião tem peso — e os números do Censo 2022 só reforçam essa realidade.
Com esse novo cenário, a pergunta que fica é: como será o futuro religioso do Brasil e da nossa região? Os próximos anos vão dizer. Por enquanto, uma coisa é certa: o mapa da fé no país está mudando — e rápido.
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