Lençóis Paulista, uma cidade conhecida por sua beleza natural e acolhimento, enfrenta um cenário que desmente as promessas feitas pelas autoridades locais. A saúde pública, um serviço essencial para o bem-estar da população, está em completo colapso. Nas redes sociais e grupos de WhatsApp, especialmente no grupo "Pauta Lençóis", cidadãos manifestam diariamente suas frustrações e indignações com a precariedade do atendimento, tanto nos postos de saúde quanto na Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
Na UPA, relatos de demora extrema são constantes. Após preencherem suas fichas e passarem pela triagem, os pacientes chegam a aguardar mais de três horas para serem atendidos. A situação se agrava quando crianças, visivelmente doentes, são flagradas vomitando e desmaiando, sem receber atenção médica imediata. Tais cenas desesperadoras só encontram solução após muita reclamação e um sofrimento desnecessário.
Os postos de saúde, que a prefeitura afirma funcionar até as 22 horas no programa "Saúde 10", também não conseguem atender à demanda. Muitos cidadãos chegam aos postos às 17h apenas para descobrir que não há mais vagas. A expectativa por consultas com especialistas é outra dor de cabeça: pacientes aguardam mais de um ano para serem atendidos, um prazo inaceitável para quem precisa de cuidados urgentes.
A falta de medicamentos nas farmácias dos postos de saúde é outro ponto crítico. Na última semana, inúmeras pessoas relataram a ausência de remédios básicos como dipirona e AAS, expondo ainda mais a ineficiência do sistema de saúde municipal.
Essa situação desmente a narrativa da prefeitura, que, através de campanhas de marketing, pinta um quadro irreal de uma saúde pública eficiente e acolhedora. A realidade, porém, é marcada pelo caos e pela falta de planejamento. Os relatos dos cidadãos evidenciam a irresponsabilidade das autoridades municipais na gestão da saúde, deixando a população desamparada e indignada.
É urgente que a prefeitura de Lençóis Paulista reconheça a gravidade do problema e tome medidas concretas para reverter esse cenário. A saúde pública é um direito fundamental, e a população não pode continuar a sofrer as consequências de uma administração negligente e ineficaz. Chegou a hora de transformar as promessas em ações reais e devolver a dignidade e a confiança aos cidadãos que dependem do sistema público de saúde.
Marcos Xavier
Comentários: