A gestão do prefeito de Lençóis Paulista, Anderson Prado de Lima (DEM), reeleito em 2020, vem sendo muito questionada desde o início do seu segundo mandato. E dessa vez, as criticas contra seu governo não vem das famosas ‘viúvas’ (apelido dado aos asseclas do ex-prefeito José Antônio Marise, do PSDB) que chegou a formar um grupo de pessoas, figurinhas carimbadas, que dia após dia desferiam ataques contra Prado no seu primeiro mandato, e só cessaram, quando Prado passou a processar os que lhe atacavam, supostamente, injustamente. Prado ganhou algumas ações, e perdeu outras.
Hoje, as críticas, que por vezes são compreendidas como ‘ataque’, mas que quando sem ofensa a honra, e pontuadas em situações reais do dia a dia do lençoense, vem incomodando o prefeito, que por não poder mais disputar uma reeleição, pois está no seu segundo mandato, e a lei não permite três mandatos seguidos, Prado passou a responder asperamente quando questionado e cobrado.
RADAR
Um exemplo dessa mudança de comportamento, que evidencia uma nova narrativa e jeito de governar Lençóis Paulista, é a questão do radar. Quando vereador, Prado de Lima criticava ferozmente os radares moveis, que dizia serem escondidos atrás de árvores e postes para pegar motoristas desavisados.
Como promessa de campanha, tirou os radares moveis da rua, porém, em 2019, em uma tratativa com o governador de São Paulo, aceitou receber dezenas de radares fixos para a cidade. E onde está a mudança de discurso, já que aceitou colocar radares fixos ao invés de radares moveis?
Pois bem, tanto os radares fixos quanto os radares moveis, só multam quem excede o limite de velocidade, simples assim. Agora, quando emparedado e questionado por conta das dezenas de radares colocado na cidade. De bate e pronto, Prado não mede as palavras e manda na lata que quem não quiser ser multado é só andar no limite de velocidade. Ué? Antes na gestão da ex-prefeita Bel Lorenzetti, alguém era multado por andar no limite de velocidade da via?
Esse foi apenas um exemplo, de situação, onde o prefeito, formado em marketing e oratória, com seus discursos emotivos, típico de quem está na situação de vítima, passou a ser cobrado pelos próprios apoiadores, que não que tenham mudado de lado, mas que também como cidadão lençoenses querem ver promessas de campanhas sendo realizadas, para o bem de Lençóis Paulista.
Essa polarização política que paira pelo Brasil, de que quando se questiona é por que é contra, e do outro lado o político se faz de vítima, está ficando triste de assistir, ainda mais quando recursos para realizar projetos desnecessários não faltam, o que falta é projeto e planejamento e empatia com o cidadão que sofre, muitas vezes espera anos em uma fila de ressonância magnética, para realizar um exame que possa salvar a sua vida. E que tem que esperar, sem qualquer motivo real, formar uma fila gigantesca de doentes, para que na melhor das hipóteses, um político possa fazer uma campanha de marketing denominada de fila zero, cujo próprio criou a fila, para aparecer em qualquer manchete de imprensa que vive do dinheiro público, como salvador da pátria.
Que em 2022, não seja apenas mais um ano duro de se ver, com brigas políticas por poder, ainda que seja um ano de eleições, onde o debate político seja ótimo para explanar narrativas e posições em determinados assuntos, que também seja um ano de harmonia e sintonia entre os agentes públicos e a população, a parte mais fraca. A que sente na pele, e na perca dos entes queridos, a ausência de compromisso sério dos preferidos políticos, quando necessitam na fila dos desamparos por algo que o Estado deveria lhes servir.
Um feliz ano novo a todos, com muita paz e saúde. Essa é a prosperidade verdadeira que desejo a você, meu leitor.
Dinheiro e posses não nos adiantam em nada acumular, pois daqui nada levaremos.
Feliz 2022 a todos nós!
Marcos Xavier
Jornalista do Povo