A ansiedade, considerada o mal do século pela Organização Mundial de Saúde (OMS), pode afetar também os animais. Diversos fatores podem desencadear a doença e identificar sinais pode ser difícil, mas é importante estar atento caso haja comportamentos diferentes do habitual. Durante a pandemia da Covid-19, muitos cães e gatos se acostumaram com a presença constante dos donos em casa e, com a volta gradual à rotina presencial, passaram a sentir mais a ausência e movimentação.
A coordenadora do curso de Medicina Veterinária da Faculdade Anhanguera, Jenessa Martinez, afirma que o medo da distância é apenas um dos sintomas de ansiedade animal. A insegurança, o local e a maneira como os animais são criados também podem desencadear a doença. Eliminar fezes em locais inadequados, latidos ou miados em excesso e autoflagelo são alguns comportamentos que sinalizam o medo da solidão e de que animais estão sofrendo com a Síndrome de Ansiedade de Separação.
Além disso, a ansiedade generalizada e a ansiedade focal também podem aparecer em diferentes fases da vida ou ser reflexo de alguma resposta emocional, como fobias, privações ou socialização. Para identificar a ansiedade no animal, é preciso observar mudanças de comportamento, hábitos repetitivos, urinas e fezes em locais inadequados, ansiedade em relação à depressão, perda ou ganho de peso e coceira acompanhada de latido e respiração ofegante.
Caso desconfie que seu bichinho esteja sofrendo com ansiedade, procure o médico veterinário o mais rápido possível. O tratamento deve envolver muito cuidado e atenção. Algumas atitudes podem fazer a diferença e ajudar no tratamento, como evitar muita movimentação com o animal ao chegar ou sair de casa, não ignorá-lo e passear mais com o pet para ajudar na socialização e bem-estar físico e emocional. Além disso, é importante não colocar o animal em situações de medo, como forçar brincadeiras com outros animais ou expô-lo a barulhos que possam incomodar.
Redação / Jornal Atitude
Redação / jornal Atitude
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